As etiquetas eletrônicas de preço não são novidades no mercado brasileiro, mas foram pouco aderidas pelos supermercados, quando criadas há décadas.

O principal motivo são os custos de sua implementação.  Além dos equipamentos eletrônicos para cada produto de um mercado, existe ainda o software para se contratar e o treinamento a se fazer.

Porém, hoje, a procura por essa tecnologia está sendo retomada, principalmente, pelos free shops de fronteira no Brasil.

Devido a atual economia e oscilação do valor do dólar, essa ferramenta está se tornando primordial para o empreendedor que quer agilidade e economia.

A Pleno KW, empresa de software de gestão comercial, situada no Rio Grande do Sul e que atende o Brasil todo há mais de 20 anos, criou interface com etiquetas eletrônicas de preço.

O software de atualização das etiquetas foi desenvolvido para o cliente Rede Brasil Free Shop, de Uruguaiana (RS), que inaugurou mais uma loja na cidade em novembro de 2021.

O estabelecimento, com todo o sistema de PDV, ERP e frente de caixa atendido pela Pleno KW, passou a contar com essa novidade.

As etiquetas eletrônicas facilitam a alteração diária dos valores dos produtos em real, conforme a cotação do dólar no dia.

                 

Cotação dos preços em dólar e real

Com a expansão das lojas francas brasileiras desde 2019, os preços precisam estar disponíveis em dólar e em real para que o cliente saiba quanto está comprando.

A cota máxima de consumo por CPF é de US$ 300,00 a cada 30 dias nessas lojas.

Além de facilitar a vida do consumidor, que não precisa buscar saber quanto que está o valor do dólar no dia nem fazer a conversão em real, a etiqueta eletrônica otimiza também  as tarefas do supermercado.

De acordo com Alexandre Carvalho de Leonço, comercial da Pleno KW, as etiquetas eletrônicas de preço são dispositivos digitais, sem fio, instalados nas gôndolas, que exibem informações de preços para os clientes e dados gerenciais para o time de loja.

As informações imputadas no sistema são automaticamente atualizadas e compartilhadas diretamente nas etiquetas eletrônicas. “O envio é de forma automática, sem a necessidade do colaborador ir ao local do produto para substituir a etiqueta de papel impressa”, compara Carvalho.

Investimento a longo prazo

Consta na etiqueta eletrônica da Rede Free Shop Brasil, o nome do produto, o valor em dólar e sua conversão em real, série e o código de barras.

Carvalho ressalta que a etiqueta eletrônica não é um produto novo no mercado, mas ainda é muito caro para muitos empreendimentos.

“Entretanto, no caso dos free shops, pode ser muito útil, levando em conta a variação diária dos preços em real que precisam ser atualizados diariamente. O retorno desse tipo de investimento é a longo prazo”, frisa.

Vantagens

A ferramenta auxilia na organização física, no recebimento de novos itens, na precificação dos produtos que oscilam conforme o câmbio e as tributações, na realização de promoções relâmpagos e ações de estratégias pontuais para aumentar as vendas.

Conforme Carvalho, havendo a necessidade de alterar um preço de um ou 15 produtos, a ação pode ser feita ao mesmo tempo pelo software e o resultado é imediato nas prateleiras.

“Da mesma forma, pode-se programar as ofertas por um determinado período de tempo e de valor”, destaca.

Ele ainda aponta a eliminação das divergências de valores dos produtos praticados no caixa com o exposto na prateleira com as etiquetas impressas e a questão da sustentabilidade.

“Com a eletrônica, é dispensado os valores para impressão e aquisição de rolos de etiquetas e fitas adesivas. Além disso, as horas que o colaborador destina à substituição das etiquetas impressas podem ser utilizadas para o abastecimento de gôndolas e organização do estoque da loja”, conclui Carvalho.